Abraão e a Promessa de Deus

Precisamos ler a Bíblia todos os dias, para lembramos das promessas de Deus.
Ao lermos a Bíblia e meditarmos nela, devemos orar para que Deus, o Espírito Santo, aplique graciosamente aos nossos corações toda a sua Palavra. A Bíblia deve nos inspirar e nos levar a consagração diante do Senhor Jesus Cristo. É para esse fim que devemos meditar na Palavra de Deus.

Em nossa meditação pelo livro de Gênesis já olhamos para a vida de Adão, Abel, Enoque, Noé e continuamos vendo Cristo na vida de Abraão. O Senhor prometeu a Abraão uma semente (Gn 12:1-3) com quem ele estabeleceria a sua aliança na terra e através dessa semente escolhida todas as nações da terra seriam abençoadas. Essa semente prometida a Abraão apontava para Cristo o nosso Salvador. Creio que Abraão entendeu claramente que a promessa de Deus se estendia muito além de Isaque. Ele acreditava que Deus poderia fazer tudo o que prometeu, embora a promessa de Deus fosse totalmente contrária em sua experiência. Que Deus nos dê graça para confiar nele como Abraão que olhou para Cristo.
“O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência” (Rm 4:18).

Em Gênesis 17:1-27 vemos que Deus faz uma aliança com Abraão para confirmar a sua promessa. Ali vemos a circuncisão. Mas qual foi o significado da circuncisão? Por que esse ato doloroso foi praticado e exigido no Antigo Testamento? A circuncisão foi um símbolo ou sinal da aliança de Deus. Era uma limpeza simbólica, cortando a imundície do prepúcio da carne. Qualquer um que não fosse circuncidado entre os judeus deveria ser cortado do povo. Todas estas coisas apontavam para Cristo e a sua Obra na Cruz (Cl 2:11), a própria circuncisão apontava para a obra de Deus na salvação. Pois é por meio da Cruz de Cristo, onde a sua carne foi cortada que podemos experimentar o novo nascimento, a justificação e a reconciliação com Deus.

Mesmo com a certeza da promessa de Deus e da aliança que Deus havia feito com ele, vemos que Abraão não esperou por Deus. Ele gerou Ismael (Gn 16:1-4). Mas mesmo assim Deus ainda cumpriu a sua promessa e quando Abraão conheceu o propósito gracioso de Deus para Isaque, ele temeu por Ismael (Gn 21:1-21).

Embora Abraão tenha amado Ismael e tenha procurado a mesma graça para Ismael, Deus já havia definido a vida de Ismael e o Senhor fez a sua vontade conhecida a Abraão (17:21).
Que Deus nos dê graça para vermos a Sua vontade soberana e nos curvamos a ela!
Perder o que amamos não é fácil, mas Deus é soberano em todos os seus caminhos.

A um lindo fato sobre a vida de George Müller quando faleceu a sua esposa, com a qual estava casado havia trinta e nove anos.
Quando ela faleceu, ele disse: “Eu aceito. Estou satisfeito com a vontade de meu Pai celestial. Busco perfeita submissão à sua vontade santa, para glorificá-Lo. Honro constantemente Aquele que me afligiu... Sem qualquer esforço, minha alma se regozija na felicidade da amada que partiu. A felicidade dela me dá regozijo... Deus mesmo o fez; estou satisfeito com Ele.” Assim como Abraão, George Müller também se submeteu a vontade soberana de Deus.

Soli Deo Gloria

Fábio Falcão
05|09|17

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